A Origem da Guarda do Sábado na História da Igreja
A guarda do sábado é uma prática que tem raízes profundas na história da Igreja, remontando aos primeiros cristãos. Embora a maioria das igrejas hoje guarde o domingo como o dia de descanso e culto, a tradição de guardar o sábado como o sétimo dia da semana foi mantida por algumas denominações ao longo dos séculos. Nesta discussão, exploraremos qual foi a primeira Igreja a guardar o sábado e como essa prática se desenvolveu na história da Igreja.
A Guarda do Sábado nos Primórdios da Igreja
Nos primeiros séculos da Igreja, a guarda do sábado era uma prática comum entre os cristãos, especialmente aqueles de origem judaica. Os cristãos judeus continuaram a guardar o sábado como o sétimo dia da semana, seguindo a tradição judaica e a interpretação literal do quarto mandamento do Decálogo. No entanto, à medida que a Igreja se expandiu e incluiu mais gentios, a prática de guardar o domingo como o dia de descanso e culto se tornou mais prevalente.
A Guarda do Sábado na Igreja Apostólica
A Igreja Apostólica, a primeira Igreja cristã, era composta principalmente por judeus que haviam aceitado Jesus como o Messias. Esses cristãos judeus continuaram a guardar o sábado como o sétimo dia da semana, seguindo a tradição judaica. No entanto, eles também se reuniam no primeiro dia da semana, o domingo, para celebrar a ressurreição de Jesus e participar da Ceia do Senhor.
A Guarda do Sábado na Igreja Primitiva
À medida que a Igreja se expandiu e incluiu mais gentios, a prática de guardar o domingo como o dia de descanso e culto se tornou mais prevalente. No entanto, algumas comunidades cristãs continuaram a guardar o sábado como o sétimo dia da semana. A Epístola de Barnabé, escrita por volta do ano 100 d.C., argumenta que o sábado foi substituído pelo domingo como o dia de descanso e culto, mas também reconhece que alguns cristãos ainda guardam o sábado.
A Guarda do Sábado na Igreja Medieval
Durante a Idade Média, a Igreja Católica Romana estabeleceu o domingo como o dia oficial de descanso e culto, e a guarda do sábado foi gradualmente abandonada pela maioria das igrejas. No entanto, algumas comunidades cristãs, como os valdenses e os anabatistas, continuaram a guardar o sábado como o sétimo dia da semana, seguindo a interpretação literal do quarto mandamento do Decálogo.
Comparação entre as Igrejas que Guardam o Sábado
A tabela a seguir compara algumas características das principais igrejas que guardam o sábado ao longo da história:
Igreja Apostólica | Igreja Primitiva | Igreja Medieval | |
---|---|---|---|
Período | 30-100 d.C. | 100-300 d.C. | 300-1500 d.C. |
Origem | Judeus que aceitaram Jesus como o Messias | Judeus e gentios | Comunidades cristãs dissidentes |
Crença sobre a Guarda do Sábado | Seguindo a tradição judaica | Interpretação literal do quarto mandamento do Decálogo | Interpretação literal do quarto mandamento do Decálogo |
Atividades no Sábado | Descanso, adoração, estudo da Bíblia | Descanso, adoração, estudo da Bíblia | Descanso, adoração, estudo da Bíblia |
Em conclusão, a primeira Igreja a guardar o sábado foi a Igreja Apostólica, composta principalmente por judeus que haviam aceitado Jesus como o Messias. Embora a prática de guardar o domingo como o dia de descanso e culto se tornou mais prevalente à medida que a Igreja se expandiu e incluiu mais gentios, algumas comunidades cristãs continuaram a guardar o sábado como o sétimo dia da semana ao longo da história, seguindo a interpretação literal do quarto mandamento do Decálogo.